PARLAMENTO EMERGENTE - II

18/02/2013 04:45

Comédia parlamentar

 

            Uma comédia só é  engraçada quando se deposita  tanta confiança e tanto sentimento naquilo que se faz. Isso faz com que se perceba  pessoas que achando-se  conhecer um problema, mas, que no fim, mostra ser apenas bom de memória. E por fazer esperar demais, sonhar demais, criar expectativas demais, sempre acaba sendo surpreendido naquilo que poderia ter evitado a surpresa...

        O atual presidente da Câmara de Vereadores, Mastroiane –PR, ao secretariar na pasta da SENSUR, foi permissivo a uma depressão (que classificou como buraco) na entrada da Secretaria de Serviços Urbanos ... Aos anos que passou naquela secretaria, não tomou iniciativa em tapar o “buraco”, pois o dito buraco estava lá...

        Ao considerar a leitura do Pequeno Expediente na Primeira Sessão da Ordinária Câmera de Vereadores - ano de 2013, ficou claro que, uma das principais solicitações dele, foi exatamente, pedir que o atual Secretário da SENSUR (popular João do arco-íris) tapasse o buraco. A comédia se encaixa aqui: o buraco foi tapado! Como todo comediante se fortalece nos aplausos, Ele agradeceu a desenvoltura do secretário que, com urgência atendeu seu pedido. Suponho que não seja aquele, o único buraco a ser tapado. Mas se Ele se deu por satisfeito, o que fazer?   

        De qualquer forma, o torcida para que o presidente do parlamento mirim se afaste dos buracos,  não é pequena. Espera-se que Mastriane – PR, ao presidir o terceiro setor mais importante do município de Sena Madureira, não esqueça que há questões urgentes a serem tratadas. O pacto programático do legislativo deveria ser a primeira delas.

        Tudo indica que ao esquecer de fazer um pronunciamento, desejando que todos parlamentares se apropriassem dos desafios sociais e econômicos que precisam serem enfrentados por aquele colegiado, e que, naquela casa haveria um parlamentar comprometido com a causa de todos vereadores, fez desandar a possibilidade do parlamento se enquadrar no principal fundamento daquela instituição.

        Se a Segunda Sessão Ordinária se limitar no demonstrativo da divisão de forças e delimitação de território particular aos seus pontos de vista, esquecendo das questões macros que implicam aos importantes setores da comunidade, acreditem, ficará difícil compreender a importância do parlamento que, recairá sobremaneira aos parlamentares.

        Caso tal incidente venha ocorrer, certamente a oposição sairá fortalecida. Logo, retoricamente discutirão as deficiências ao qual, não se aplica a eles. É preciso saber se realmente estão alinhados ao interpretar o exercício de poder que se inicia. Caso haja erro de interpretação “o buraco” ficará maior do se pensa!

        Se o presidente do parlamento não resolver buscar o equilíbrio temático, certamente se submeterá a identificar a divisão de forças retroagida aos interesses pessoais em detrimento do fracasso da esperança daqueles que o elegeram.

        Ao poder executivo restará apenas uma saída: promover incursões políticas junto aos setores estratégicos sem influência ou mobilidade de forças até o momento conflitante ou ausente da missão de legislar.