OS SEGREDOS EM COFRE BLINDADO I

10/02/2013 17:18

 

Os segredos em cofre blindado I
            Em termos gerais, para determinar se uma unidade administrativa (município) é poderosa ou não, se pode subsistir ou está condenado ao fracasso ou dependência de outras esferas, nada pode passar pelos três critérios mais importantes: o primeiro consiste em saber se o povo tem uma forte entidade representativa constitutiva; o segundo, se o povo tem ou não uma inteligência que lhe permita refletir profundamente; e terceiro, se tem um alto nível de moralidade e um grande sentido de benevolência e justiça. Portanto, ao examinar os problemas relativos aos diversos setores produtivos e a educação, precisamos saber da capacidade de discutir os assuntos de governo e se todos os sábios dessa unidade administrativa estão se  baseando sem exceção na constituição física do povo, sua inteligência e sua moralidade para julgar o nível de desenvolvimento dos setores orientadores da articulação de empenho econômico e social.

Quando uma unidade administrativa reúne estas três condições, seu povo desfruta de um alto nível de bem estar, e seu poderio tem que ser muito grande. É por isso que a potência ou a debilidade de uma unidade administrativa, a opulência ou a penúria de sua população, o bom governo ou a convulsão social são sintomas ou demonstrações da constituição física, a inteligência ou moralidade de seu povo. Assim, o que uma política ou uma ordem podem por em pratica, ou o que tem que anular ou adiar dependem se elas estão ou não em conformidade com estes três fatores... Em conseqüência, os assuntos políticos principais de hoje são: fomentar a saúde do povo, desenvolver sua inteligência e elevar seu nível de moralidade. A inteligência do povo constitui a base da prosperidade e a potencia de uma unidade administrativa.

            As teses das três fases do desenvolvimento da sociedade humana de uma unidade administrativa, presente nas perspectivas do equilíbrio dos fundamentos da visão de futuro, articulado por propósitos controlados, não pode ignorar a seguinte idéia: quando reina em uma unidade administrativa o caos e a disputa pelo poder, quem tem força é quem vence; quando uma unidade administrativa goza de tranqüilidade, quem tem força e inteligência vence; e quando prevalece a paz e a prosperidade, quem tem inteligência é quem vence.

            Nas épocas em que a humanidade se achava em estado primitivo, os animais ferozes eram dono e controlador do território. As ameaças destes eram tão graves que os homens tinham que viver em cavernas ou no alto das arvores para se manterem a salvo. Do ponto de vista físico, os animais são superiores aos homens, mas estes não estão providos de cobertores para cobrirem-se ou de garras e dentes afiados para se defenderem. No entanto, pela superioridade de sua inteligência, os homens conseguiram caçar os tigres e os rinocerontes, domesticar outros animais para alimento e o mundo do trabalho.

            Nos tempos antigos, havia povos (mongóis e muçulmanos) que se dedicavam a pilhagens e orgias com matanças, e em certas ocasiões atacavam países de cultura milenar, e por pouco não chegaram a dominar o mundo inteiro, porque tinham uma força física poderosa. Nos últimos anos, europeus, russos e americanos subjugaram os outros países pela força das armas e expandiram seus domínios territoriais valendo-se do comércio. Em conseqüência disso, quase todo o mundo está sobre seu domínio, porque eles têm forças intelectuais superiores. A lei do desenvolvimento do mundo é este que vai passando do domínio da força física para a primazia da inteligência.

            Por outro lado, hoje em dia, para chegarmos a ser uma região poderosa e próspera, devemos conceder importância fundamental ao aproveitamento e desenvolvimento da inteligência do seu povo. Afinal, o que está faltando? Temos literatura que descrevem todos os erros e acertos no desenvolvimento das diversas regiões, inclusive mundial. Será que nossos governantes estão levando em conta as entidades representativas, a inteligência e a sabedoria do nosso povo? Algo tem que ficar claro: “a ampla maioria dos recursos primários utilizados nos grandes parques industriais do mundo, são retirados do subsolo e do campo.” Assim, o que estamos retirando do nosso subsolo? E o que estamos produzindo no campo?

            Se resolvermos pesquisarmos sobre a estrutura de consumo dos ruralistas da região de Sena Madureira, estaremos diante do caos produtivo e econômico. Se for feito um levantamento dos bens de consumo básicos, disponíveis na rede comercial (mercearias e supermercados) do município, identificaremos o fracasso e a incapacidade de nos livrarmos da dependência de outras esferas administrativas.

            Ao acompanharmos um ruralista se deslocado de sua propriedade para fazer compras de itens de sua necessidade de subsistência, percebe-se na lista de necessidades, itens que deveriam ser produzidos em sua propriedade.

Considerando os produtos disponíveis nas gôndolas dos supermercados, percebe-se que há frutas, legumes, verduras e outros produtos derivado da carne e do leite. Porém, é percebido que esses produtos foram produzidos em outras regiões, quando deveria ter sido produzido na região de influência da unidade consumidora.

            Com isso, vamos aqui trabalhar um raciocínio. Suponhamos sermos desafiados a escapar de uma guerra. O desafio para escaparmos é o seguinte:

a)- localizar uma propriedade com capacidade de fornecer  30 kg (trinta ao quilos) de tomate ao mês;

b)- identificar uma propriedade com capacidade de fornecer 10 (dez) leitão pesando 30kg (trinta quilos) ao mês;

c)- apontar uma propriedade que tenha uma vaca lactando 25kg (vinte cinco quilos) de leite ao dia;

d)- citar uma propriedade com capacidade de fornecer 1000kg (mil quilos) de limão ao ano;

e)- homenagear um produtor que produza 100dz (cem dúzias) de ovos ao mês;

f)- oferecer uma linha de crédito especial para o proprietário de 100ha (cem hectares) de pasto e, que não tenha em seu rebanho, vacas de 6 (seis) crias pesando menos de 200 (duzentos) quilos;

g)- identificar uma propriedade de 50ha (cinqüenta hectares) onde 30% do faturamento anual esteja associado a comercialização de frutas e hortaliças;

h)- localizar uma fazenda medindo 700ha (setecentos hectares) que esteja produzindo 1000kg (mil quilos) de feijão ou arroz ao ano;

i)- por ultimo, indicar uma grande fazenda que além do boi, esteja produzindo arroz, feijão, laranja, limão, mexerica, maracujá, graviola, cupuaçu, banana e café.

            Considere que escaparemos da grande guerra, caso encontre apenas uma propriedade com a característica acima determinada. Caso não haja sucesso na pesquisa, podemos estabelecer a previsão do caos econômico por estarmos distante da possibilidade de verificarmos a principal equação econômica – o fluxo de capital. Nesse caso, pode-se concluir que não produzimos os bens necessários sequer para atender às necessidades locais. Por enquanto, estamos impedidos de sentarmos na “mesa redonda” para discutirmos os rumos do agronegócio no município, porque não temos inclusive, uma plataforma ou portfólio orientado pelo poder público, determinando os rumos econômicos de Sena Madureira.

            Dos segredos, a inteligência deve ser o ponto de partida. Pois se encontra distribuída proporcionalmente em todos os setores estratégicos da sociedade. Ouvi-las é o cominho inicial da sabedoria, levar em conta a realidade é caminhar rumo ao equilíbrio político. Agir diante dos desafios é responsabilizar a todos os setores em unidades distintas que, no conjunto estabelecerão regras, condutas e valores jamais superados pelos entusiastas do insucesso.

Prof. José Augusto.



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