JORGE VIANA - PARCERIA

10/02/2013 17:22

 

SEN. JORGE VIANA

22/01/2013 19:38

            Parceria da hora

 

            Ao completar os vinte primeiros dias da administração de Mano Rufino, o Sen. Jorge Viana (futuro Primeiro Vice-presidente do Senado Federal), e toda sua acessória de gabinete veio a Sena Madureira, prestigiar a nova equipe que conduzirão os “novos caminhos” administrativos do município. No momento proferiu uma palestra que convidava para reflexão o pensar sobre Políticas Públicas no contexto contemporâneo a partir de um exercício mais amplo do que foi há algum tempo atrás.

             Segundo o Sen. Jorge Viana, anteriormente o dirigente era o único responsável pela decisão da maneira como o Estado agiria. Ele ditava como seria a política pública. Atualmente, esse contexto decisório é ampliado, já que a sociedade influencia na maneira como será atendida pelo poder público, tanto do ponto de vista da qualidade quanto na gestão. Considerou ainda, que a maior parte dos dirigentes políticos com insucesso  administrativo foram vitima do comodismo financeiro associado a baixa capacidade para governar. “Portanto, é preciso encarar os problemas de frente”. Porque alguns costumam transferir dentro da burocracia situações fáceis de serem resolvidas quando há planejamento, ou seja, quando há previsibilidade e controle das ações e, por falta de atenção, finda transformando em fenômenos desconhecidos, passivos de serem ignorados a um custo político muitas vezes incontrolável.  Alem disso os problemas só são enfrentados quando transformam-se em urgências na agenda, mas neste ponto os custos da solução, se houver, são muito mais altos. O processamento político dos problemas acontece sem profundidade técnica, enquanto os processos técnicos não têm viabilidade política porque as administrações se distanciam do anseio popular. Alertou também que a administração pública, inicialmente, pela ansiedade é possível que alguém queira os resultados administrativos a uma velocidade de trem-bala. Porém, “nesse momento da necessidade de conhecimento e controle da nova rota administrativa, se for preciso, inicia-se a viagem a uma velocidade de carroça de boi”, ou seja, cautela.

 

 

            De acordo com o Sen. Jorge Viana, a cautela é diferente do comodismo administrativo que, começa quando os dirigentes chegam a conclusão que os problemas da administração pública se resolve somente com muito dinheiro. Isso ocorre também quando o gestor público se distancia do processo participativo que viabilize formas de organização popular efetivamente importante para evitar a tutela do clientelismo administrativo. Ele ascendeu o alerta vermelho quando convidou para reflexão o seguinte: a capacidade de ganhar eleições, proporcionalmente, diferencia-se ao administrar. A pressão das circunstâncias e os movimentos limitados da conjuntura é o limite em que se move a racionalidade dos nossos dirigentes para se aproximarem da realidade social para reconhecer sua capacidade administrativa real. Alem disso é necessário ser verdadeiro e evitar ficar sujeito à todo tipo de particularismos, imprimindo o próprio estilo de governar que só aumenta a falta de profissionalismo ao lidar com burocracia pública que serve para facilitar o empenho  das ações políticas e, quando mal conduzida só complicar.

 

            O insucesso da governabilidade começa quando os dirigentes (secretários e gerentes) passam a maior parte do tempo distraídos com problemas corriqueiros, não processados técnica e politicamente, se acomodam na paisagem do status do cargo que ocupa, esquecendo da verdadeira política e seus problemas aparentemente intransponíveis, se especializam no gerenciamento da micro-política, emaranhados em rituais e disputas pela sua própria sobrevivência política nos aparelhos de poder. Além disso as assessorias mais próximas cumprem um verdadeiro papel de proteção e blindagem contra as frustrações do mundo real (escondem informações), cercam as lideranças de problemas imaginários e do conforto que resulta da ignorância política dos problemas reais. Salientou ainda que, uma administração de sucesso evita ao máximo, o sistema da direção de baixa responsabilidade em direção estratégica ou descentralização democrática, porque a agenda dos dirigentes será vitimada pela “lógica do carrossel”: muitas emergências do protocolo frio, dos ritos formais do cargo, das rotinas burocráticas que a função exige ou do simples clientelismo eleitoral, problemas de menor ou maior peso, tudo e todos ficam “girando” em volta do gabinete, concorrendo indistintamente por um espaço na agenda. Trabalha-se muito, aparentemente os dias são curtos e vai-se diariamente até altas horas, mas a sensação ao final é de poucos resultados.  Além disso o tecnocratismo, entre outras patologias da administração com baixa capacidade, não são mais do que sub-produtos desses ambiente, sem controle social democrático ou com formas manipuláveis de participação, nem gestão criativas de problemas reais.

 

            Após ouvir os anseios do novo secretariado da administração de Mano Rufino, apontou os caminhos da coerência para gestão pública, primando o teórico fundamental para encontrar o “rumo de novos caminhos” com perspectiva do planejamento como instrumento de construção dos consensos políticos e administrativos para o sucesso de quem sabe onde quer chegar.  

 

Prof. José Augusto



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