HISTÓRIA SEM MEMÓRIA

18/05/2013 23:36

 

Sem monumento, sem história...

[Gravura - seringueira]

Assim como você ver uma paisagem, uma foto, um filme, e isto lhe traz lembranças. O monumento serve para você lembrar e refletir sobre o que ali ocorreu ou o que aquilo representa. Caso você desconheça o seu significado é uma ótima oportunidade para procurar saber e melhorar sua cultura.

Estátuas, templos, memoriais e outras formas simbólicas grandiosas são representações materiais de eventos passados, que compõem a paisagem de certos espaços públicos da cidade, são intencionalmente dotados de sentido político, comunicando mensagens associadas à celebração, contestação ou memória, visando o presente e o futuro são, contundo, submetidos a diversas interpretações.

Os monumentos são considerados vetores de relações envolvendo identidades racionais, religiosas e de classe social, como memoriais de guerra e outros momentos históricos.

Sena Madureira, tem uma grande dívida com a juventude estudantil e, visitantes conterrâneos. Considerando que esse município já foi sede de teatro para estratagema da ocupação do território acriano em nome do exercito brasileiro; foi base para ocupação de seringais; foi Capital da administração de governo territorial; foi um dos maiores centros produtor e comercial da borracha, castanha e madeira; enfim, dentre tantos outros marcos históricos, é o maior produtor de bezerro do estado do Acre. Mesmo assim, o município não tem memoriais com logística de incentivos cultural e histórico de uma cidade centenária.

O tímido memorial cristão (réplica  do Cristo Redentor), o único com espaço amplo, mesmo sem infra-estrutura adequada para finalidade turística, sofre os impactos de intempérie.

[foto: réplica do cristo redentor...]

Este, localiza-se na sede da AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil), um dos locais festivos mais visitado de Sena Madureira.

 

Esta coluna, não permite abordagens sobre crise econômica. Afinal, educação e cultura é prioridade inquestionável. Não seria exagero na administração de Mano Rufino, sendo Ele, filho de um extrativista, viabilizar projetos para captar recursos junto ao Banco da Amazônia, Banco do Brasil e Petrobrás, através de suas fundações para edificação de espaços amplos com a implementação do MEMORIAL DO SERINGUEIRO.  Além disso, caberia o MEMORIAL DAS FORÇAS ARMADAS; MEMORIAL DOS MIGRANTES/ IMIGRANTES; MEMORIAL MARIANO; MEMORIAL DO PECUARISTA e MEMORIAL DE ANTROPOLOGIA.

[Gravura - manifestação da pecuária festiva]

Diante das testemunhas dos tempos lastimáveis ou gloriosos episódios desse território morrem, em não havendo  sobreviventes, então quem contará as histórias dos nossos feitos econômicos, políticos e sociais?

Se sonhar for “pecado”, ignorar a memória de um povo seria desastroso.

As regiões mais visitadas do planeta, tem na sua rota os monumentos históricos.

[Gravura - Árvore histórica, cortada recentemente – praça 25 de setembro]

Erguer um monumento, é manter no presente o significado histórico de um povo que no passado declarou seu futuro.

Se queremos nos manter vivos, não devemos repetir a história, mas fazer uma história de identidade do nosso povo, associando aos meios de interpretação dos nossos monumentos para garantir no seu tempo, quantos monumentos forem necessários.   

Não precisamos copiar franceses, romanos ou egípcios no trato da sua memória, basta sermos nós mesmos. Nossa história de ocupação do território é diferente deles. Nosso diferencial é a floresta. O mundo não precisa saber disso! Mas, nossos jovens precisam conhecer a importância de seus ancestrais mais recente!