FOGO AMIGO - A REPETIÇÃO

08/05/2013 22:42

 

Tem raio caindo no mesmo lugar

No ultimo dia 08, o colunista da coluna “tudo-ou-nada” o Prof. José Augusto, analisando a estatística descrita no jornal local – o Sena XXI, apontou questionamentos com a intenção de alertar ao leitor quanto aos perigos acerca de ataques contra a atual administração pública e, sobrou pra Ele. Na sua coluna escreveu a seguinte chamada:

MARKETING A DERIVA

Pesquisa popular aponta Poder Executivo como o pior índice de aprovação: 0,0%.

(Prof. José Augusto)

O Jornal de Sena Madureira – Sena XXI, em sua edição de número 54, estampa em sua página principal uma pesquisa onde mediu a confiança de diversos setores da administração pública a seguir com aprovação popular:  Justiça 35,42%; Ministério Público 35,42%; Câmara de Vereadores 6,25%; Prefeitura 0,0% e Polícias 22,92%. Apesar dos incidentes visualizando a violência no município, o Ministério Público, Justiça e as Polícias lideram com uma margem invejável de 93,76% da aprovação pública. Enquanto isso, as esferas do legislativo e executivo amargam o desastroso índice de 6,25% (*). Pior ainda, é saber que o poder executivo ficou “atolado" em 0,00%. Afinal, de onde sai as estratagemas para o bom funcionamento dos setores de produção social e, coloca o poder executivo diante de um desastre na aprovação popular?


Este, alertou quanto o grau de imparcialidade do Poder executivo, subscrevendo: “é importante saber que paciência tem limite. Setenta e duas horas se passaram e, nenhuma manifestação do Poder Executivo foi apresentada contra essa estatística. A não ser que o “fogo amigo” faça parte da estratégia de efetivação da paciência ilimitada...Afinal, qual a finalidade dessa estatística? Se for paciência, já sabemos de TUDO! Mas se não for..., não sabemos de NADA!!!”

 

Até aí, tudo normal. O rompimento com a normalidade se deu quando o Assessor de Comunicação do Poder executivo, em rede social (Facebook),  disparou seu arsenal contra exatamente, a quem tentou colaborar, alertando quanto ao perigo das estatísticas mal interpretada, ou seja, fogo amigo, manifestado com o seguinte teor: “Com a palavra, o especialista em Marketing! Baseado em uma pesquisa divulgada recentemente, feita, sabe-se lá como, referente à Prefeitura Municipal, determinado colunista (dito Eu – Prof. José augusto) atribui tal resultado ao Marketing da atual gestão. 
Tal 'especialista' (dito Eu – Prof. José augusto) no assunto deveria ter utilizado as facetas de sua sabedoria quando foi candidato a vereador e obteve pífia votação. Criticar, apontar os defeitos dos outros é muito fácil. Esqueceu de notar o total de pessoas ouvidas na pesquisa (48). Será que o número reflete realmente a opinião dos demais?

Gostaria de alertar ao leitor que não sou especialista em marketing. Além disso, gostaria de alertar que sou apenas um colaborador da Frente Popular, mesmo com atos de “resultados pífios” ao meu olhar, nesse contexto posso ser inofensivo, somente uma vítima. Caso esse seja meu ponto fraco enquanto oponente, vejo que não serei afetado. Caso tenha sido essa a intenção, inicialmente, não foi visualizado aquilo que talvez seja valioso para um aliado. Não deixarei que seja revelado minhas virtudes.  A virtuosidade será importante no campo dos desprevenidos e deverei ser justo ao utilizar caminhos que, para o aliado, além de surpreendentes são atos de fidelidade...

Já mais ignore os números. A força dos números é a mais brutal das forças, não carecendo, sequer, da audácia e do talento a que alguém possa submeter-se. Onde quer que haja um número está a necessidade da interpretação.

Se consideramos um dos maiores institutos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que costuma ouvir em média 2200 (duas mil e duzentas) pessoas para definir a evolução de um determinado parâmetros estatístico tendo como base 194000000 (cento e noventa e quatro milhões) de pessoas (dados 2012), teríamos aí, 1 (um) habitante entrevistado para um grupo aproximado de 88000 (oitenta e oito mil) brasileiros, ou seja, 0,001% da população do país.

Considerando que Sena Madureira tenha 40000 (quarenta mil) habitantes e, sendo entrevistado 48 pessoas, teríamos uma amostra de 0,12%, portanto 1 (um) entrevistado para 833 (oitocentos e trinta e três) habitantes. Isso, demonstraria uma diferença gigantesca, comparada as bases de cálculo do IBGE para definir uma pesquisa confiável.  

Contestar números é dar “murro em ponta de faca”. Talvez aí esteja o perigo. Governar ignorando estatísticas é assumir o risco, nem sempre, admirável das surpresas.

Em nenhuma unidade administrativa se despreza o alinhamento da matemática, que consistem em razões, projeções, matas e outras necessidades semelhantes, que se sobrepõem umas às outras, confundindo tudo como um labirinto caso haja desprezo. Por fim, atordoam qualquer profano com diversos relatos dispostos como um exército em ordem de batalha e subdivididos em várias companhias que, um erro de coordenada poderá aniquilar o batalhão de provisões.

Assim, abandonemos o grau filosófico e caiamos na real necessidade. Toda estatística só pode ser contestada com outra a ser comparada. Enquanto isso não ocorre, toda estatística representa a realidade. Portanto, ponto de partida para revisar os elementos estratégicos que determina o fim. Ignorar geometria e aritmética em política é caminhar rumo ao desconhecido.  

Não podemos confundir TUDO com o NADA!!!

 

 

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