ENCHETES

10/02/2013 17:30

 

ENCHENTE

            As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades. Os homens distinguem-se entre si neste caso: alguns primeiro pensam, depois falam e, em seguida, agem; outros, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por fim, pensam. Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva desordenadamente explorada. Equipamentos ainda secretos, supercomputadores associados a satélites com leitura de precisão, são utilizados nas análises de comportamento da lei da natureza e suas reações.

            Segundo alguns cientistas anônimos, apontam que nem sempre a ausência da verdade é mentira. Vejam o resultado de suas previsões:

            1: Pelo fato de ter chovido os quatro primeiros dias do mês de janeiro, teremos aí, janeiro, fevereiro, março e abril com intensidade de chuvas. Isso é típico da região amazônica. Portanto, nenhuma revelação;

            2: Devido as formigas das margens de rios e grande igarapés, migrarem para terra firme, significa enchentes. Até aí, justificável. Pois, com exceção dos anfíbios e outras espécies aquáticas, animais migram para terra-firme em caso de enchentes.

             Mas segundo a ciência anônima, esse “consócio” tem como resultado a inundação das áreas baixas da margem dos rios. Se “tudo” isso é mentira, ou “nada” é verdade, eis a questão: é verdade que os rios da região do município de Sena Madureira estão assoreados; é verdade que boa parte do solo próximo ás margens dos rios e igarapés estão com cobertura de pastagens, portanto, solo compactado. Isso impede que boa quantidade de água da chuva seja infiltrada pelo solo, permitindo enchentes rápidas das calhas de rios e igarapés da nossa região.

            Assim, temos a seguinte conclusão técnica: “quatro meses chuvosos + solo compactado + rios assoreado = inundação”. Sendo “tudo ou nada” verdadeiro,  precisamos refletir sobre nosso saber científico e as experiências empíricas que, de certo modo faz parte da nossa cultura. Oxalá, “nada” seja verdadeiro!  

            Prof. José Augusto



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